quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Como a Hercílio Luz não tem


Acabo de concluir a escrita de um de dois artigos resultantes da análise de 10 anos da cobertura jornalística do ND sobre a Avenida Hercílio Luz, quase 500 achados, e de oito saídas de campo realizadas ao longo de 9 meses. Nesse tempo, pude testemunhar as transformações cotidianas que vão dando nova cara para a rua: o fechamento e a abertura de comércios, os novos usos, como os patinetes, os novos usuários e usadores e as antigas sociabilidades, como os jogadores de dominó que todos os dias batem ponto na frente do “Paredão”. Flagrei o desaparecimento de um dos últimos orelhões do centro, também na frente do “Paredão”, fato para o qual minha atenção foi chamada graças a uma reportagem feita pelo jornalista Billy Culleton para o Floripa Centro e depois reproduzida no ND. Numa das saídas, vi que a galeria ao Sul, perto da Gustavo Richards, estava aberta, e fiquei um tempão observando e fotografando o Rio da Bulha. 

Cheguei a cinco boas conclusões.

Passo na Hercílio e pergunto aleatoriamente:

– Você sabe que aqui embaixo corre um rio?

Quase ninguém sabe.

Hoje mesmo fui até o Rio’s Bar, ali na frente do Clube 12, tirar uma dúvida, e descobri que em dezembro próximo ele completa 56 anos. 

Dizem que a Trompowsky é avenida mais charmosa da IIha. Ela tem árvores bonitas, prédios chiques e é pobre de sociabilidade. 

Como a Hercílio Luz não tem.

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